Pretende mudar de emprego? Responda a estas 5 perguntas sobre a sua carreira

16 Março, 2023

No mundo do trabalho há uma miríade de perguntas que as pessoas se interrogam sobre o que importa, o que nos faz sentir realizados e o que mais valorizamos ao contemplar mudanças na carreira. Há muitos pontos a considerar antes de dar ‘o salto’. Uma jogada lateral não resolverá a insatisfação ou incerteza na sua vida profissional. Considere cuidadosamente o que é importante para si, o que o faz sentir-se mais empenhado, realizado e apreciado a longo prazo. A existência desse espaço de introspeção irá colocá-lo no caminho para uma trajetória de carreira de sucesso. Aqui estão cinco questões-chave que a Adecco Portugal considera serem úteis colocar a si próprio. 

 

 1.  QUAL A IMPORTÂNCIA DO SALÁRIO NA MINHA FUNÇÃO ATUAL? 

  

Apesar de todos os indicadores económicos revelarem que o pico inflacionista já foi atingido, é natural que os profissionais queiram maximizar o seu potencial de ganhos. O salário é importante. Não só pelo reconhecimento extrínseco de que o seu empregador valoriza a sua experiência, conhecimento e empenho, mas porque precisamos realmente de dinheiro para viver.  

  

De acordo com o mais recente estudo global do Grupo Adecco – ‘Workforce of the future’ dos inquiridos que assumem que vão desistir do seu atual emprego nos próximos 12 meses, 45% fá-lo-ão a fim de obterem um salário melhor. Mas o salário não é o único fator que afeta as atitudes dos trabalhadores; entre aqueles que se sentem empenhados nos seus empregos, a sua posição numa lista de prioridades cai até ao sexto lugar. Apenas 25% dos que planeiam permanecer nos seus empregos citam o salário como a razão. Em vez disso, a estabilidade, o equilíbrio trabalho-vida e a flexibilidade ajudam a reter os trabalhadores. É por isso que é tão importante perguntar a si próprio se o salário é superior a estes outros fatores – ou se é realmente o mais importante para si. 

  

   2. SINTO-ME REALIZADO NO TRABALHO? 

  

À medida que as gerações se misturam no mundo do trabalho e surgem novos temas, o envolvimento tornou-se a palavra-chave do momento. Mas é mais do que isso. Realização, ligação, interesse contínuo no trabalho que as pessoas fazem está a tornar-se uma prioridade de topo ao considerar mudanças e oportunidades de carreira. Os profissionais de hoje – sejam de secretária ou não – querem preocupar-se com o que fazem e querem sentir que estão a contribuir para um propósito que valorizam. 

 

Considere cuidadosamente se uma nova perspetiva de emprego lhe oferecerá a oportunidade de se sentir regularmente empenhado, para além do burburinho da oferta de emprego, de modo a que os seus talentos se desenvolvam, se desdobrem e contribuam para um esforço propositado. 

  

  3. QUÃO IMPORTANTE É PARA MIM A APRENDIZAGEM E A REQUALIFICAÇÃO CONTÍNUAS? 

  

Relacionado com o empenho, a aprendizagem contínua e a requalificação são claramente primordiais para as pessoas da Gen Z, e cada vez mais com aqueles que vieram antes deles. O crescimento na sua carreira expande-se para além das promoções e dos aumentos salariais. 

  

Tem a oportunidade de se envolver em projetos mais desafiantes, as ofertas de desenvolvimento profissional – e incentivo – para crescer no seu conjunto de competências e manter-se a par das novas tecnologias, processos, e abordagens interpessoais? A sua organização irá mantê-lo a crescer como profissional para além das tarefas do dia-a-dia da sua posição atual? 

 

4. ONDE QUERO TRABALHAR, E COM QUE FREQUÊNCIA? 

  

A pandemia mudou fundamentalmente a nossa forma de trabalhar. Face aos bloqueios e quarentenas obrigatórios e outras políticas preventivas, as organizações grandes e pequenas tiveram de repensar as suas práticas quando se tratava da chamada cultura 9 a 5 (mas muitas vezes mais cedo e mais tarde) de trabalho interno. 

  

O que emergiu foi um repensar do valor de tal cultura de trabalho, e como a sua prevalência tem impedido o sucesso em particular das mulheres, empregados do BIPOC, e profissionais muito diferentes. 

  

Embora muitas pessoas tenham perdido a camaradagem do dia-a-dia e a ligação do trabalho no escritório, para milhões de outros, a oportunidade de trabalhar à distância, a tempo inteiro ou a tempo parcial, proporcionou um ambiente mais saudável e mais seguro para terem sucesso nas suas funções. 

  

Nem todos vão querer voltar a ser como era. Mas está na altura de decidir: onde quer trabalhar? E com que frequência? Compreender o tipo de estrutura de trabalho que melhor se adequa à sua vida e saúde é uma questão-chave ao considerar tanto as oportunidades de trabalho atuais como as novas. 

 

5. QUAL É A MINHA PERSPETIVA SOBRE O TRABALHO: DESISTIR SILENCIOSAMENTE VERSUS AGARRAR PROJETOS EXIGENTES? 

   

Muitos termos têm surgido para descrever o ambiente de trabalho durante os últimos anos durante a pandemia: a Grande Demissão, a Grande Re-avaliação. A Demissão Silenciosa. 

  

Todos os termos têm uma coisa em comum. Falam das atitudes, expetativas e satisfação dos profissionais. A Demissão Silenciosa, por exemplo, significa principalmente que os trabalhadores farão o trabalho pelo qual concordaram em fazer e serão compensados. Se mais é exigido ou esperado, mais deverá ser compensado. 

  

As horas de trabalho – o compromisso do poder intelectual, o tempo longe da família, passatempos – devem ser ponderadas de forma a respeitar um equilíbrio adequado. A pandemia mostrou a muitos de nós que podemos gerir o nosso trabalho com outros interesses e responsabilidades, desde que tenhamos a flexibilidade de organizar os nossos horários e prioridades de modo a refletir tudo o que é importante, e não apenas o nosso trabalho. 

 

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