A expressão traduz a essência da individualidade, as texturas da diversidade e pluralidade de um mundo em profunda mudança.
Uma chamada de atenção num contexto global em que a procura da identidade e do bem-estar é o epítome da herança pós-pandemia. Num contexto de quase pleno emprego, este é porventura o maior desafio que os gestores de pessoas enfrentam, sem esquecer que a inclusão desta diversidade de identidades é a chave de integração de pessoas bem-sucedida.
Como abrir, então, a porta ao talento? E como reter estas pessoas nas organizações? Qual é o deal breaker da diferenciação na hora do recrutamento?
Há um sentimento coletivo de que a vida é preciosa e curta e cabe a nós mesmos descobrir o tipo de trabalho que nos faria sentir realizados com um sentido de propósito e significado, enquanto ainda podemos ganhar uma compensação adequada.
Milhões de pessoas em todo o mundo deixaram os seus empregos, na tendência da Great Resignation, em busca de melhores oportunidades e Portugal não é exceção.
Agregado a isso, a inteligência emocional é o novo padrão ouro, pois os colaboradores lidam com problemas de saúde mental, esgotamento, ansiedade e a resposta de hoje assenta na empatia e não na exclusão. Este é um ponto de partida estrutural que caracteriza o novo modelo de trabalho e uma consciência objetiva que tem de estar subjacente a todo e qualquer processo de recrutamento.
A oferta de benefícios ajustados às necessidades de cada pessoa é fundamental para reter talento nas empresas. Mais fácil de dizer do que fazer, mas as organizações começam a trilhar esse caminho. Tem de ser, não é uma alternativa, é a direção certa.
Sem prejuízo de quebrar a equidade entre colaboradores, este é o maior desafio que as empresas enfrentam num contexto em que a escassez de talento é ‘O’ obstáculo a ultrapassar no mundo do trabalho atual.
As lideranças têm necessariamente de estar alinhadas com o novo paradigma se quiserem fazer parte de organizações sustentáveis e bem assinaladas no mapa da competitividade. Reforço: one size does not fit all.
Por Alexandra Andrade, Country Manager Adecco Portugal
in Jornal Expresso