A Inteligência Artificial (IA) já é parte integrante do ambiente corporativo. O que era considerado uma tecnologia distante há cerca de uma década agora faz parte do nosso trabalho e do nosso dia a dia.
No contexto da liderança a IA protagoniza um papel relevante. Pode ajudar, quem está na primeira linha, a tomar decisões estratégicas. A multiplicidade de dados e a capacidade analítica dos mesmos, por parte das ferramentas tecnológicas, podem fornecer elementos por forma a aumentar a automatização da estratégia, logo uma tomada de decisão mais rápida, eficaz e informada.
No entanto, quando digo que a IA pode AJUDAR é exatamente o que quero deixar claro. As habilidades humanas, nomeadamente em contexto de liderança, devem estar no topo das prioridades. A empatia, a proximidade, o pensamento critico e criatividade são características inerentes ao Homem, essenciais para tomar uma decisão ou formular uma estratégia adequada ao contexto. Assim, o equilibro deve ser preservado. Por um lado, a rapidez na obtenção dos dados e por outro o pensamento humano e com ele toda uma inteligência emocional inerente, fundamental para ocasiões deliberativas.
Recentemente o Grupo Adecco lançou o Global Workforce of the Future (GWF), um estudo onde podemos verificar alguns dados importantes da IA nos locais de trabalho e onde foram interrogados 30 mil trabalhadores por 23 países. Neste estudo concluiu-se, entre outros pontos, que o acesso ao IA não é igual, nem entendido de forma similar por todos. As funções, graus académicos e geracionais podem criar um verdadeiro gap entre equipas e é aqui que a verdadeira liderança assume um papel vital, o de proporcionar a formação e upskills adequadas. Aliás 58% dos trabalhadores inquiridos refere exatamente que ter valências relativas à IA pode impulsionar as suas carreiras.
Assim, pode dizer-se que a IA traz um modelo disruptivo de liderança, dá suporte em grande parte das tarefas e liberta o tempo para os aspetos que requerem humanização. A IA deixou de ser só um conceito para se tornar uma realidade que vem revolucionar todas as indústrias de uma forma transversal. É seguro sustentar que a IA veio para ficar!
Alexandra Andrade, Country Manager da Adecco Portugal
In Expresso
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